Recentemente, o governo australiano anunciou uma polêmica medida: remover mais de dois milhões de gatos selvagens. Qual é a razão?
© Lucy Nicholson / Reuters
Uma análise publicada nesta semana no Proceedings of the National Academies of Sciences, afirma que os gatos selvagens têm ajudado a extinguir 63 espécies de animais a nível mundial, entre os quais figuram aves, mamíferos e répteis durante os últimos 500 anos. Só por cima estão os roedores, os quais têm sido associados à extinção de 75 espécies.
Na Austrália, os gatos selvagens ameaçam a extinção do papagaio noturno (Pezoporus occidentalis). Assim que a decisão está tomada.
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A curiosa história dos 37 gatos que entregavam o e-mail na Bélgica, sabia?
Gregory Andrews, explica: “É muito importante enfatizar que não odiamos os gatos. Mas não podemos tolerar o mal que está fazendo a nossa fauna… Mais de 120 animais australianos estão em perigo de extinção pelos gatos selvagens. A evidência científica demonstra que são a maior ameaça”.
Quem é o principal responsável por: o gato ou o homem?
Algo importante que devemos ter em mente é o seguinte. O homem teve muito que ver em alterar o ecossistema, pois introduziu animais em diversos lugares do mundo, como porcos e cães, além de ratos e gatos. Estes quatro animais juntos, eles têm sido associados com o desaparecimento de 87 espécies de aves, 45 de mamíferos e 10 de répteis, com outras 21 espécies cuja extinção está por ser confirmada. Por exemplo, na Nova Zelândia, os gatos e raposas têm posto em perigo espécies endêmicas. O mesmo aconteceu em Madagascar.
Não é a primeira vez que a Austrália tem livrado de “guerra” contra as espécies invasivas. Anteriormente, os sapos e coelhos selvagens europeus foram objeto de campanhas semelhantes.